Nenhum {{ ((ar.dados.numero_anuncios.guia<10)?'0'+ar.dados.numero_anuncios.guia : ar.dados.numero_anuncios.guia ) }} {{ ((ar.dados.numero_anuncios.guia > 1)?'anúncios cadastrados':'anúncio cadastrado') }}
Nenhum {{ ((ar.dados.numero_anuncios.cla<10)?'0'+ar.dados.numero_anuncios.cla : ar.dados.numero_anuncios.cla ) }} {{ ((ar.dados.numero_anuncios.cla > 1)?'anúncios cadastrados':'anúncio cadastrado') }}
Nenhum {{ ((ar.dados.numero_anuncios.emp<10)?'0'+ar.dados.numero_anuncios.emp : ar.dados.numero_anuncios.emp ) }} {{ ((ar.dados.numero_anuncios.emp > 1)?'anúncios cadastrados':'anúncio cadastrado') }}
Nenhum {{ ((ar.dados.numero_anuncios.banner<10)?'0'+ar.dados.numero_anuncios.banner : ar.dados.numero_anuncios.banner ) }} {{ ((ar.dados.numero_anuncios.banner > 1)?'anúncios cadastrados':'anúncio cadastrado') }}
SANTA TEREZINHA DO PROGRESSO / SC
Tereza Phillips O’Bryan (Erechim, 15 de março de 1915 – Chapecó, 18 de abril de 1994) foi uma militar gaúcha filha de dois imigrantes britânicos, Cyntia e Duran O’Bryan. Ela é reconhecida por seus feitos heróicos no oeste catarinense.
O pai de Tereza, Duran O’Bryan, era um influente gerenciador de renda do exército britânico, que imigrou para o Brasil com sua esposa Cyntia em 1914, um ano após o inicio da Grande Guerra. Chegaram ao porto de Rio Grande no dia 18 de março de 1914. Duran, que já era formado contador, foi ajudar na administração das fazendas de plantio de fumo no norte de Erechim (onde hoje vem a ser o município de Faxinalzinho). Lá nasceu Tereza Phillips O’Bryan, militar que vem se engajando desde 1931 nas causas do militarismo gaúcho.
Em 1990 Tereza, já com 75 anos, foi convocada pelo 13º batalhão do exército de Faxinalzinho para comandar uma ação contra uma ocupação sem-terra no município de São Miguel da Boa Vista, a invasão era comandada pelo Grupo Argentino de Operações Ocupacionais em Prol do Povo, o "GAOOPP". Na manhã de 11 de agosto de 1990 Tereza saiu com 22 homens em direção ao munícipio de Romelândia, a oeste de São Miguel da Boa Vista. Com auxílio dos moradores ela conseguiu comandar um cerco ao sul da ocupação do GAOOPP. Os argentinos mesmo em maior número (até 900 homens conforme alguns relatos) não aguentaram as investidas do exército comandado por Tereza, que se utilizava de seus lanceiros e voluntários para efetuar ataques esporádicos pelos flancos da ocupação argentina. Os argentinos rumaram a norte, em direção a um pequeno vilarejo de 104 moradores, a oeste de Saltinho. Eles dominaram a cidade por exatos 31 dias, então do dia 19 de setembro de 1990 deu se início a um dos maiores combates militares da história de Santa Catarina, a Batalha dos Três Dias.
Graças a um comando impecável de Tereza O’Bryan, um grupo de 22 militares (10 homens armados com espingardas, e 12 lanceiros) e um número aproximado de 7 voluntários civis, conseguiram liquidar 302 argentinos e render outros 420.
Tereza O’Bryan permaneceu no vilarejo, comandando sua industrialização e seus projetos de imigração até o dia de sua morte 18 de abril de 1994. Após a morte de Tereza, o marceneiro Bruno de Sica Frigo (civil que prestou apoio aos comandados de Tereza na Batalha dos Três Dias) iniciou um motim contra o município de Chapecó, exigindo a independência do vilarejo e a canonização de Tereza O’Bryan. Chapecó cedeu independência a então cidade de Santa Terezinha do Progresso após o atentado contra a Igreja da Matriz Chapecoense no dia 10 de julho de 1995, onde 9 crianças morreram durante uma missa de comunhão. A canonização de Tereza aconteceu logo depois, providenciada pelo bispado do município de São Miguel do Oeste.
Bruno de Sica Frigo hoje comanda um museu em memória da história de Tereza O’Bryan. Ele também recentemente iniciou um processo jurídico pedindo que o corpo de Tereza Phillips O’Bryan seja retirado do Cemitério Municipal de Faxinalzinho e se torne parte do acervo de seu museu.